quarta-feira, 1 de maio de 2013

Houve sonho... mas Jürgen Klopp faz história pelo Borussia Dortmund!



   Em Espanha, mais precisamente em Madrid, não se falava de outra coisa, senão de uma "remontada" histórica. José Mourinho e os seus "soldados" tinha pela terceira vez seguida a oportunidade de seguir para a final da Liga dos Campeões! Mas parece quem nem á terceira foi de vez...
   De nada valeu o apelo à «magia» do Santiago Bernabéu! Os estragos do desastre do Westfallenstadion (4-1), marcados principalmente por Robert Lewandowski, confirmaram o pior quadro para o Real Madrid! O adeus à Liga dos Campeões e ao sonho da décima conquista, que volta ao congelador do sonho "merengue", pelo menos, por mais um ano.  
   Esse e o de José Mourinho passar a ser o único treinador a erguer a Taça dos Campeões por três clubes diferentes. Um desejo, e fica a dúvida, que dificilmente se concretizará em Madrid.
   Há pouco a apontar à exibição do Real Madrid, apesar de tudo.
   O mais importante nesta história da remontada chegou tarde: os GOLOS. A entrada "merengue" foi intensa, empregada de pressão e ultra ofensiva, retirando o oxigénio ao jogo alemão.
   Em 15 minutos iniciais, já o milagre do Santiago Bernabéu podia, e devia, ter ganho contornos reais, não fosse o desperdício de Gonzalo Higuaín (5'), Cristiano Ronaldo (13') e Mesut Özil (15'), imperdoável numa noite como esta.
   Aos cinco minutos, foi o avançado argentino a esbanjar o golo, na cara de Roman Weidenfeller, que fez a mancha e travou o remate de Gonzalo Higuaín! Cristiano Ronaldo a atirar por cima em plena fase de pressão "blanca" (8'). O mesmo Cristiano Ronaldo levou Roman Weidenfeller a nova intervenção decisiva, aos 13 minutos. O desperdício mais escandaloso foi, porém, de Mesut Özil, aos 15 minutos, quando isolado atirou ao lado. A atitude estava lá, a pontaria é que não.
   Perante tanto esbanjamento Real Madrid, o Borussia Dortmund percebeu que a pressão a que se submetia não estava a causar danos. Daí à maior confiança foi um saltinho e a primeira parte terminou com os alemães bem mais confortáveis com a bola no pé, sempre à espreita de um contra-ataque que acabasse com todas as dúvidas. Mario Götze, que saiu lesionado (13'), e Robet Lewandowski tiverem nos pés as melhores ocasiões do Borussia Dortmund no primeiro tempo, mas os remates ( 6') e (13') saíram sempre à figura de Diego López.
   Crença regressou no fim, mas era tarde!
   O balão "merengue" rebentou no desperdício do primeiro quarto de hora. A boa atitude, não passou muito disso, boa atitude. Golos? Não existiam. A segunda parte trouxe apenas a constatação de que a tarefa hercúlea da reviravolta era mesmo irreal. E os pingos de crença que ainda salpicavam entre os 75 mil no Santiago Bernabéu ao intervalo só não se evaporaram no regresso porque o «míssil» de Robert Lewandowski (50') acertou violentamente na trave e o remate de Gündogan, sozinho, na cara de Diego López, teve uma defesa do outro mundo como resposta. O Borussia Dortmund entrava "À Real" e falhava como tal.
   Ainda assim, o Santiago Bernabéu renasceu para os últimos 10 minutos. Movido pela loucura do futebol. Quando tudo e todos, até nós, na escrita deste texto, preparavam um desenlace sem notas de maior, o Real Madrid regressou. Karim Benzema quebra, por fim, o enguiço "merengue" (82') e coloca o Real Madrid a vencer (1-0). Continuavam a faltar dois golos para a "remontada". Que ficou reduzido a um com o golo de Sérgio Ramos (89'), num remate de pé esquerdo dentro da área, pontapé de raiva do central da "roja". Que loucura!!  
  Uma loucura sem consequências, porque tudo foi tarde demais. Houve sonho, mas o "destino" vestia de amarelo e preto.


   Publicado por: Pedro Gama

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